Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/2139/slider/1dddf628b428bcd69b88ef8239cc10ec.jpg
BEYONCÉ ENCERRA A “COWBOY CARTER TOUR” COM NOITE HISTÓRICA EM LAS VEGAS
Por Enrique Brazil
Publicado em 28/07/2025 12:12
Novidades

BEYONCÉ ENCERRA A “COWBOY CARTER TOUR” COM NOITE HISTÓRICA EM LAS VEGAS

REENCONTRO DO DESTINY’S CHILD, CONVIDADOS ESPECIAIS E FORÇA ESTÉTICA TRANSFORMAM SHOW FINAL EM MARCO DA CULTURA POP

Em uma noite de brilho, emoção e simbolismo, Beyoncé encerrou no último sábado (26) a monumental Cowboy Carter Tour com um espetáculo memorável em Las Vegas. No Allegiant Stadium, diante de uma multidão de fãs de todas as partes do mundo e ingressos esgotados, a artista celebrou o fim de uma era com um show que uniu excelência técnica, emoção e uma poderosa afirmação cultural.

Um reencontro que parou o estádio

O momento mais emblemático da noite foi, sem dúvida, a inesperada reunião do Destiny’s Child. Beyoncé surpreendeu ao dividir o palco com Kelly Rowland e Michelle Williams pela primeira vez desde o Coachella de 2018. Vestidas com trajes dourados que mesclavam estética country e glamour, o trio incendiou o público ao cantar “Lose My Breath”, “Bootylicious” e ao participar de “Energy”, integrando-se ao famoso mute challenge. O reencontro dominou as redes sociais e foi destaque imediato na imprensa global, consolidando o encerramento da turnê como um evento inesquecível.

Presença de Jay Z, Shaboozey e da família

O espetáculo também contou com participações especiais que ampliaram a carga emocional da noite. Jay Z subiu ao palco para reviver os clássicos “Crazy in Love” e “N*ggas in Paris”, reacendendo a parceria icônica com a esposa. Já o cantor Shaboozey, uma das revelações do country contemporâneo, fez participação em “Sweet Honey Buckin’”.

Momentos de ternura vieram com as aparições de Blue Ivy e Rumi. As filhas de Beyoncé participaram em trechos distintos do show, fortalecendo o caráter íntimo e familiar que permeia esta nova fase da artista.

Um espetáculo visual e simbólico

A Cowboy Carter Tour foi concebida como um verdadeiro teatro em movimento. O palco ostentava elementos como um touro mecânico dourado, Cadillacs brancos, trajes inspirados em bandas marciais e referências explícitas ao Velho Oeste — todos ressignificados sob a ótica da cultura negra. Com figurinos assinados por estilistas de renome e coreografias que fundem o contemporâneo com raízes afro-americanas, Beyoncé construiu uma performance que foi além da música: foi um manifesto artístico.

Repertório e narrativa

A apresentação teve início com “16 Carriages” e percorreu o aclamado álbum Cowboy Carter com faixas como “Texas Hold ‘Em”, “American Requiem” e “Ya Ya”. Releituras emocionantes de clássicos como “Blackbird”, dos Beatles, e “Jolene”, de Dolly Parton, ganharam novos arranjos e novas camadas de significado.

Beyoncé ainda celebrou outras fases de sua carreira, com sucessos como “Formation”, “Partition”, “Run the World”, “Love On Top” e uma vibrante performance de “Riverdance”, que combinou sapateado, violinos ao vivo e estética cinematográfica.

Consagração mundial

A turnê passou por grandes cidades europeias, incluindo Londres, Paris, Berlim e Amsterdã — sempre com estádios lotados. Em Londres, Beyoncé fez história ao se tornar a primeira mulher a realizar seis apresentações consecutivas no Tottenham Hotspur Stadium, somando mais de 275 mil espectadores. A crítica especializada foi unânime em reconhecer a grandiosidade do projeto. O Financial Times declarou:

“Beyoncé ocupa o palco com autoridade não só vocal, mas simbólica. Em Cowboy Carter, ela não está apenas cantando — está reescrevendo o cânone.”

Impacto e legado

Com mais de 1,5 milhão de ingressos vendidos e faturamento superior a US$ 387 milhões, a Cowboy Carter Tour entra para o hall das turnês femininas mais lucrativas da história. No entanto, sua relevância vai além dos números. O projeto consolidou Cowboy Carter como um marco na fusão entre country, pop e R&B — resgatando ancestralidades, questionando narrativas e abrindo novas trilhas sonoras e estéticas para o futuro da música.

Mesmo diante de críticas pontuais sobre o equilíbrio entre material novo e antigos sucessos, o consenso entre fãs e especialistas é que Beyoncé entregou um projeto ambicioso, politicamente sutil e artisticamente revolucionário.

Um final com assinatura de revolução

 

O encerramento da Cowboy Carter Tour foi mais do que o fim de uma série de shows — foi a consagração de uma artista que segue redefinindo o que é possível na música ao vivo. Beyoncé encerra essa jornada não apenas como estrela pop, mas como força criativa global, ícone cultural e voz de uma era.
Em Cowboy Carter, ela não homenageou apenas o passado — ela o ressignificou e apontou o caminho para o futuro.

Comentários