A prévia da inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), avançou 0,48% em setembro. O resultado representa uma aceleração de 0,62 ponto percentual em relação a agosto, quando houve deflação de 0,14%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram aumento de preços. O maior impacto veio do grupo habitação, que subiu 3,31% e contribuiu com 0,50 ponto percentual para o índice do mês. O destaque foi a energia elétrica residencial, que saltou 12,17% após ter recuado 4,93% em agosto, refletindo o fim da incorporação do bônus de Itaipu às faturas. A taxa de água e esgoto também teve leve alta (0,02%).

O grupo vestuário apresentou alta de 0,97%, influenciado principalmente pelas roupas femininas (1,19%) e pelos calçados e acessórios (1,02%). Já em saúde e cuidados pessoais (0,36%), o reajuste dos planos de saúde (0,50%) puxou o resultado.

Em contrapartida, alimentação e bebidas recuaram 0,35%, marcando a quarta queda seguida. A alimentação no domicílio caiu 0,63%, com destaque para as reduções nos preços do tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%). Por outro lado, as frutas subiram 1,03%. A alimentação fora de casa avançou 0,36%, mas em ritmo menor que em agosto (0,71%), devido à desaceleração nos preços de lanches (de 1,44% para 0,70%) e refeições (de 0,40% para 0,20%).

O grupo transportes registrou queda de 0,25%, impactado pelo recuo no seguro voluntário de veículos (-5,95%) e nas passagens aéreas (-2,61%). Nos combustíveis (-0,10%), gás veicular (-1,55%) e gasolina (-0,13%) tiveram queda, enquanto óleo diesel (0,38%) e etanol (0,15%) subiram.