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"Hurry Up Tomorrow": novo filme de The Weeknd mistura música, cinema e autoconhecimento
Por Enrique Brazil
Publicado em 21/05/2025 09:48
Música

"Hurry Up Tomorrow": novo filme de The Weeknd mistura música, cinema e autoconhecimento

The Weeknd estreia nas telonas com um projeto ousado, introspectivo e visualmente provocador

Co-escrito, produzido e protagonizado por Abel Tesfaye (The Weeknd), Hurry Up Tomorrow é dirigido por Trey Edward Shults e traz no elenco nomes como Jenna Ortega e Barry Keoghan. Mais do que um filme convencional, a obra se apresenta como uma fusão de cinema, música e arte performática — uma experiência sensorial que desafia os formatos tradicionais de narrativa audiovisual.


Sinopse: Um mergulho psicológico com ecos autobiográficos

O filme segue a jornada de um músico insone e emocionalmente instável (vivido por Tesfaye), que embarca em uma odisseia surreal ao lado de Anima (Jenna Ortega), uma fã misteriosa que parece guiá-lo por entre os labirintos da própria mente. Inspirado em um episódio real — quando o cantor perdeu a voz durante um show em 2022 — o enredo se aprofunda em temas como identidade, esgotamento emocional e a tensão entre fama e autenticidade.


Extensão do universo sonoro de The Weeknd

Hurry Up Tomorrow também é a materialização visual do sexto álbum de estúdio de The Weeknd, encerrando a trilogia iniciada com After Hours e Dawn FM. A obra consolida uma fase mais reflexiva e existencialista do artista, que busca romper com a persona misteriosa e hedonista de trabalhos anteriores para revelar uma faceta mais vulnerável e sincera.


Abel Tesfaye: “O filme foi um processo libertador”

Em entrevistas recentes, Tesfaye revelou que o projeto representou um marco criativo e pessoal. Ao The Guardian, declarou:

“Esse filme me permitiu explorar minhas falhas e vulnerabilidades. Foi terapêutico. É o mais próximo que já cheguei de mostrar quem eu realmente sou, sem filtros.”

No The Tonight Show com Jimmy Fallon, ele descreveu o longa como “uma experiência imersiva entre som e imagem” e agradeceu aos fãs pela recepção. Já à Associated Press, afirmou:

“Hurry Up Tomorrow trouxe de volta a alegria de fazer filmes. Me senti livre. Sinto que finalmente estou entrando em um novo capítulo da minha carreira.”


Do palco para as câmeras: aprendizados e novos horizontes

A experiência de Tesfaye na série The Idol (HBO) foi essencial para sua imersão no universo cinematográfico. Apesar das polêmicas, ele considera a série um laboratório criativo, onde pôde experimentar com atuação, roteiro e produção — habilidades que agora se refletem em seu primeiro longa-metragem.


Estreia modesta, mas com identidade marcante

Lançado em mais de 2.000 salas nos Estados Unidos, Hurry Up Tomorrow arrecadou US$ 3,3 milhões em seu primeiro fim de semana — número tímido frente ao orçamento estimado de US$ 15 milhões. A produção ficou em sexto lugar nas bilheteiras, atrás de títulos como Final Destination: Bloodlines.

Apesar da performance comercial discreta, o filme reafirma sua proposta artística: provocar, emocionar e desconstruir. É uma obra feita menos para o consumo de massa e mais para quem busca experiências imersivas e autorais.


Um manifesto visual-sonoro sobre arte e identidade

Hurry Up Tomorrow é, acima de tudo, a expressão de um artista em transformação. Ao fundir trilha sonora, simbolismo visual e narrativa introspectiva, The Weeknd abre espaço para um diálogo íntimo com o público — um convite para mergulhar em sua alma criativa.

Com essa nova fase, Abel Tesfaye sinaliza que seu futuro artístico vai muito além das paradas de sucesso. E se depender dele, o cinema, a música e a arte continuarão se encontrando de formas cada vez mais inesperadas.

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